05 | Dossiê

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O mar icariano no processo artístico de Bas Jan Ader

Broken fall (organic) – Bas Jan Ader, 16mm, duração: 1 min 44 sec.

Tuf

Um som surdo, como um punho que se projeta contra uma almofada de veludo, envolvendo-se de toda a sua maciez. Um ruído abafado percorre do alto da cabeça todas as nervuras do corpo. Uma sensação de peso, de atmosfera e gravidade indica que todos os corpos caem, todas as massas tendem ao chão e essa é a condição de se estar neste mundo: ser matéria densa que se desgasta em atrito e resistência.

Hoje eu vi um pássaro morrer.
Que coisa estranha!
Veio como um estrondo, rápido e forte, um farfalhar seco no ar. Então, essa massa que já não era mais corpo se encolheu no espaço até se chocar ao chão, para, guardados os restos de algum espasmo, acomodar-se em sua imobilidade. Em uma fração de momento sumiu como pássaro e ficou ali: um pacote disforme, meio plumas, meio carne, meio espanto. Reduzido à condição de uma inócua máquina de voar.
Dias tristes esses quando a vida nos alcança com o peso e a velocidade de um tijolo.

– Caí. – resmungou a pomba do meio de seu desaparecimento. Sob o efeito de uma animação de raio, ou do fio condutor do poste de luz, ainda manteve por breves segundos sua consciência de morte.
– Caí, repito! De um céu de puro cinza, no meio da noite, no meio de um clarão. Comigo caíram as luzes de meio quarteirão, depois do estouro do transformador.
– Tudo escuro, meio breu na meia-noite. Até parecia música! E eu ali, caída!
– Não poderia nem dizer que era desperdício, pois tive meus dias de sonhos com janelas abertas. Nem lamentar, pois sempre soube o que era o inevitável, afinal uma pomba não deve viver para sempre!
– Assim, caída de um mau vôo, uma má escolha ou mira. Cisma de equilibrista de fio de alta tensão ou apenas sina de pomba, essa de não ter parada certa, pipocando de um lado a outro até se estrebuchar no chão.

A noite se fez mais escura, como carvão que se desfaz, ainda quente, nas mãos. Deixando para trás uma sensação de poros fechados a calor e pó negro. Sem janelas iluminadas, sem ruídos de televisores, um gato preto me reconhece. Doce alegria de se saber no olhar de um gato estranho. Fortuito encontro, agendado para todas as segundas, quartas, quintas-feiras, às 16h, na virada da esquina.

Desta vez estávamos fora de nosso horário habitual. Ele, miando sem emitir som algum, parecia entender o silêncio do blackout. Eu, voltando de meu passeio noturno, ainda podia ouvir a pomba desfiar seu pequeno rosário sobre a calçada, até se apagar também.

Então, do apartamento logo acima, um som de vidro se quebrando também quebra o silêncio.
Mais um copo a menos.

 

Fall I, Los Angeles – Bas Jan Ader, 16mm, duração: 24 sec.

O mar icariano no processo artístico de Bas Jan Ader

Glaucis de Morais

Este texto tem como objetivo discutir a manifestação da queda, seja esta explícita, como uma queda real, ou aquela da ordem da subjetividade, ou existencial, presente na produção do artista holandês Bas Jan Ader (1942-1975).

No catálogo da exposição Bas Jan Ader: suspended between laughter and tears, a curadora Plar Tompkins Rivas formula uma questão essencial para pensar a obra de Ader: “O que levaria um homem a se aventurar pelo oceano aberto sozinho em um pequeno veleiro de escassos 12 pés de comprimento ?”1 . Mais, o que faria uma pessoa se pendurar em um galho, no alto de uma árvore, para então se deixar cair?

Em uma série de ações registradas em fotografias e filmes no formato 16mm, o artista reitera o mito de Ícaro mas de maneira inversa. Em vez de fixar a imensidão do céu, o infinito como o alvo de seu desejo, ele reconhece se deixar atrair pela força inexorável da gravidade. A queda é a parte mais importante de seu processo artístico, composto igualmente por performances e deambulações. Suas imagens nos levam a nos questionar sobre nossa condição de existência face à imperfeição, incompletude e fracasso, condição esta humanamente constituída por falhas e faltas.

“A queda dos corpos é inevitável. Está na natureza das coisas. Tudo acaba caindo um dia ou outro: chuva, neve, as frutas maduras, as folhas mortas… Os objetos que nos cercam escapam provisoriamente a esse destino pois são mantidos artificialmente. A queda permeia tanto nossas vidas ao ponto de portar, como sentido metafórico: a ruína do homem, a queda do Império romano. Como no dito popular: quanto maior a altura, maior será a queda.”2

Em 1970 Ader realiza o primeiro filme da série Fall. Neste primeiro filme, intitulado Fall I, o artista se deixar cair de uma cadeira no alto do telhado de sua casa de dois andares. Em seguida ele produz Fall II em que se lança de bicicleta em um dos canais de Amsterdam. Então filma Broken fall (organic), Nigth fall e Broken fall (geometric), todos produzidos em 1971. Neste último, Ader aparece em pé, em paralelo a um cavalete. Seu corpo oscila entre o equilíbrio e a instabilidade, até o momento em que ele cai sobre a peça de madeira. O local onde esta cena se desenvolve é o mesmo pintado por Mondrian no início de sua produção. Neste filme, Ader faz uma clara referência ao trabalho daquele, problematizando a sua busca pela perfeita harmonia entre a vertical e a horizontal.

Broken fall (geometric) – Bas Jan Ader, 16mm, duração 1 min 49 sec.

Em Nigth fall o artista aparece entre duas lâmpadas postas ao chão, a iluminação do ambiente é quase trágica, suas roupas são todas escuras. Suas feições são desenhadas pela sombra que a luz acentua em seu rosto. Dentro deste local, semelhante a uma garagem ou galpão, Ader concentra por um longo tempo sua atenção em um bloco de pedra que se encontra logo à sua frente. O filme dura pouco mais de quatro minutos, um tempo que parece dilatado, desacelerado pela posição de espera que o artista adota frente ao seu objeto de ação. Enquanto ele se dirige lentamente para a pedra, nós também ficamos na expectativa, quase em suspensão, atentos ao menor gesto, à pouca luminosidade do ambiente, à delicadeza com que se movimenta para pegar a pedra. Então, ele eleva o grande bloco quase acima de sua cabeça. Por alguns momentos, podemos ver seu esforço, sua resistência contra a gravidade, a pedra é pesada, seu corpo é frágil. Ele busca equilibrá-la, porém seus movimentos oscilam entre a instauração de uma precária estabilidade, e o total desequilíbrio que acarreta a queda da pedra. Na penumbra, ele mantém o bloco no alto tanto quanto possível para finalmente deixá-lo cair sobre uma das lâmpadas, quebrando-a. Esta operação, como uma espécie de ritual, se repete até Ader quebrar a segunda lâmpada, ficando assim completamente imerso na escuridão.

Nightfall – Bas Jan Ader, 16mm, 4 min 16 sec.

A queda, em seu sentido negativo, é marcada por um princípio de diminuição de valor, de colapso. Como, por exemplo, o colapso de um sistema social, de uma instituição, ou mesmo da subjetividade de um sujeito. Associado à ideia de fracasso, oscilamos de um estado de suposto equilíbrio a um outro de declínio ou falha. Há na queda uma conotação de decadere, de perda de posição, mas também movimento de transformação, pulsão que nos mobiliza nos extremos de nossa existência. Em Nigth fall, Ader coloca em questão a ideia de queda como um movimento carregado de sentido negativo. Ao colocar em cena a fragilidade de seu próprio corpo, sujeito falho exposto à ação direta de uma força física, como a gravidade, e o peso de uma subjetividade que busca seu espaço de existência, ele nos mostra um humano mais que humano. Suscetível a transformações, permeável ao seu meio ambiente, enfim um ser vivo que se reconhece fraturado e por isso mesmo aberto ao mundo.

Como no mito de Ícaro a queda nas proposições de Ader é inerente à uma figura de voo: este do desejo, daquilo que suporta a condição de existência humana, inevitável batalha entre o peso da gravidade e a leveza do sonho. Mas este impulso na direção do solo, do mais baixo, porta uma sombra, uma espécie de negatividade. Talvez uma transcendência contraditória? Suas ações testam os limites físicos de seu próprio corpo em relação à verticalidade. Ele está exposto, cair ou deixar cair, neste caso, é abandonar qualquer forma de controle, é se liberar de forma radical, de qualquer restrição. É importante lembrar que o contexto histórico e político dos anos sessenta e setenta foi atravessado por grandes manifestações e questionamentos sociais. Muitos artistas, sobretudo nos anos setenta, se opuseram à uma concepção de sociedade de produção e consumo baseada na ideia de uma sociedade do espetáculo. Neste sentido adotar o fracasso, a queda, é apontar a fraqueza humana e suas suscetibilidades, é se opor a todo um sistema que procura justamente mostrar o oposto, o homem em perfeito equilíbrio.

Trata-se de uma obra enquanto um poema épico, em que o artista é ao mesmo tempo herói e mártir, um sujeito delicadamente falível que se constitui à partir da imagem de um herói trágico. As quedas de Ader, como suas deambulações por Los Angeles e Amsterdam, têm uma conotação mística que nos reenvia a nossas próprias fraquezas e a nossa condição de mortalidade, de nossa impotência face ao inexorável.

Como espécies de memento mori, seu trabalho se articula também em relação à uma desmedida, a queda melancólica, o absurdo de se deixar levar pela ação da gravidade. Trata-se, acima de tudo, de uma escolha, um compromisso com a busca do sublime. Ele expõe a sua vulnerabilidade sem medo do irrisório. Pelo contrário, é justamente este princípio irrisório em sua abordagem que nos toca profundamente, que nos amedronta e magnetiza, ao ponto de nos tornarmos solidários à simplicidade de seus gestos.

“Ader foi um mestre da gravidade. Mas quando caía, ele dizia que na verdade a gravidade era sua mestra. Ele entendeu o abandono e convicção necessária exigida para fazer da gravidade sua companheira.”3

Em 1975 Ader se lança em uma aventura no norte do Oceano Atlântico que o levará ao seu desaparecimento. In search of the miraculous é uma trilogia composta por deambulações, fotografias e filmes, como também de notas produzidas durante essas experiências. Este trabalho, que restou inacabado, começou em Los Angeles como uma caminhada noturna na direção do mar e teve seu termo quando o artista partiu em um pequeno barco com o intuito de atravessar o oceano, para nunca mais ser visto. Arrogância? Romantismo excessivo? Ingenuidade? Talvez, ou, simplesmente, um espírito que aspirava ao extremo como condição de existência, uma posição tragicômica face ao provisório e ao aleatório da vida.
Quais os possíveis questionamentos a obra de Ader suscita no que tange o voo, a queda e a busca por equilíbrio entre estes dois pólos dialéticos? Tomando o mito de Ícaro como uma espécie de espelho é a imagem de ousadia e, sobretudo, de desmedida que nos solicita. “Se inventamos o mito de Ícaro, não era no intuito de prover uma divertida lição de física, mas para prevenir os mortais contra a Hybris, uma desmedida.”4

In Search of the Miraculous – Bas Jan Ader, 1975.

O homem de pé é o único animal que abandona quase totalmente este tipo de cumplicidade com o plano horizontal, mesmo se a cada passo a sua queda possível seja reinvestida de força, pois a cada passo nós corremos o risco de cair. Desta forma estamos constantemente neste estado de equilíbrio precário, sujeito a uma tensão entre a verticalidade e a horizontalidade.

“Assim é o homem de pé. Não se pode negar que sua originalidade enquanto ser vivo está ligada a sua verticalidade, mas esta verticalidade, minúsculo tropismo sobre a superfície do globo, carrega sempre algo de provisório.”5

Estar no mundo é estar em queda. Lançando-se através do espaço Ader se lança exatamente no sentido desta lógica, ele não procura se opor a esta condição, mas ao contrário, ele a reafirma. Se a experiência da queda relaciona-se com uma ideia de fracasso, ela também nos supre com uma energia vital. Para resistir à queda, é preciso lutar todos os dias contra os efeitos da gravidade sobre nós. Encontrar a linha tênue que demarca vagamente esta zona entre a presença no mundo pelo peso, em seu sentido figurado, e o descolamento proporcionado pela ideia de voo é uma tarefa difícil. Trata-se de uma escolha, deixar-se levar por ambas as extremidades ou se manter precariamente entre elas.

“A verticalidade não é algo dado, ela é constantemente adquirida por uma tentação inversa e incontornável. Nada de mais surpreendente então se o estar no mundo também se figurar por um estar em relação ao peso que porta.”6

A queda na obra de Ader, não apenas nos lembra de nossa condição terrena, imperfeita, incompleta, mas lembra também a importância de sua aceitação e da possibilidade de se deixar conduzir pela tentação do plano do chão, desta camada do solo. Condição esta que esquecemos à medida que começamos a dominar nossa posição vertical.

A queda surge então como uma manifestação do peso, caímos quando não podemos resistir a certas forças, tanto àquela da gravidade quanto às pressões do contexto social. Nossa conexão ao solo é também a evidência de pertencimento ao mundo, assim somos conformados por esta atracão sutil da gravidade sobre nosso corpo. Simone Weil, em seu livro O peso e a graça (2010), apresenta-nos esta força que nos precipita ao abismo, a imagem aterradora da verdadeira queda. Segundo Weil, o peso nos coloca frente a uma condição: “geralmente, o que se espera dos outros é determinado pelos efeitos do peso em nós; mas aquilo que recebemos é determinado pelos efeitos do peso neles. Às vezes, por acaso isto coincide, muitas vezes não.”7 Bas Jan Ader surge como este pássaro em que a falha fala mais alto, com as emoções à flor da pele. Ele produziu uma obra heterogênea em termos de materialidade, mas coesa no que toca suas inquietações. Para Ader cair era fazer arte.

 

(Veja os vídeos e mais informações sobre Bas Jan Ader no website do artista: http://www.basjanader.com/ )

 

 

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1. Tradução da autora; « What would possess a man to venture out across the open ocean alone in a small sailboat scarcely 12 feet in length ?» (RIVAS, 2010, 5)

2. Tradução da autora; « La chute des corps est une fatalité. Elle est dans la nature des choses. Tout finit par tomber, un jour ou l’autre : la pluie, la neige, les fruits mûrs, le feuilles mortes… Les objets qui nous entourent échappent provisoirement à ce destin parce qu’ils sont retenus artificiellement. La chute imprègne tellement notre vie que le mot a pris un sens métaphorique : la chute de l’Homme, la chute de l’Empire romain, « Plus dur sera la chute » (SIGNORE, 2008, 1).

3. Tradução da autora; « Ader was a master of gravity. But when he fell, all he would say was that it was because gravity made itself master over him. He understood the necessary surrender and decisiveness of purpose needed to make gravity his companion. (…) »  (DEAN, 2006, 30).

4. Tradução da autora; « Si l’on a inventé le mythe d’Icare, ce n’était pas pour donner une leçon de physique amusante, mais pour prévenir les mortels contre une Hybris, une Démesure. » (BLANC, 1995, 133).

5. Tradução da autora; « Soit donc l’homme debout. (…) Il ne peut méconnaître que son originalité de vivant tient à sa verticalité, mais cette verticalité, tropisme minuscule à la surface du globe, a quelque chose de toujours provisoire.» (JENNY, 1997, 4).

6. Tradução da autora; « Sa verticalité ne lui est pas donnée, elle est sans cesse conquise sur une tentation inverse avec laquelle il ne peut en finir. Rien d’étonnant donc si son être-au-monde lui apparaît parfois exactement figuré par son être-dans-la-pesanteur (…). » (JENNY, 1997, 6).

7. Tradução da autora; « “(…) d’une manière générale, ce qu’on attend des autres est déterminé par les effets de la pesanteur en nous; ce qu’on en reçoit est déterminé par les effets de la pesanteur en eux. Parfois cela coïncide (par hasard), souvent non » (WEILL, 2010, 41).

 

Bibliografia :

BLANC, Bernard, Les métamorphoses d’Ovide : un vivier de légendes et de mythes, Paris, L’Harmattan, 1995.

JENNY, Laurent, L’expérience de la chute : de Montaigne à Michaux, Paris, Presses Universitaires de France, 1997.

BEENKER, Erik, BLÄTTLER, Alexandra, DEAN, Tacita, GROOT, Elbrig de, DOEDE, Hardeman, HEISER, Jörg, WOLFS, Rein, Bas Jan Ader : please don’t leave me, Rotterdam, Museum Boijmans Van Beuningen, 2006.

WEIL, Simone, La pesanteur et la grâce, Paris, Pocket, 2010. Catálogos e sites internet :

RIVAS, Pilar Tompkins, « The sea, the land, the air. The space between them », in : Bas Jan Ader : suspended between laughter and tears, Claremont, Oitzer College, 2010.

DEAN, Tacita, « And he fell into the sea », < http://www.basjanader.com/>, 17/04/2013.

 

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GLAUCIS DE MORAIS (Lajeado/RS – 1972) é Bacharel em Desenho pelo Instituto de Artes da UFRGS e Mestre em Poéticas Visuais pela mesma instituição. Participou de exposições no Brasil e no exterior, dentre as quais destacam-se a 8a Bienal do Mercosul em 2011, o projeto Pesquisas Artísticas Presentes realizado por Projeto Subsolo na Casa França/Brasil em 2011, a mostra Convivências: dez anos da bolsa Iberê Camargo em 2010, o 15° Festival de Arte Eletrônica Vídeo Brasil, SESC Pompéia em 2004, a mostra Rumos da Nova Arte Contemporânea Brasileira, do programa Itaú Cultural de Artes Visuais em 2002. As individuais Situações amorosas: uma poética de entrelaçamentos em artes visuais na Pinacoteca Barão de Santo, Instituto de Artes da UFRGS em 2002 e Concreto no Espaço Torreão, Porto Alegre, em 2000. Em 2003, foi a ganhadora da terceira edição da Bolsa Iberê Camargo.

BAS JAN ADER nasceu em 19 de abril de 1942. Estudante rebelde, ele fracassou na escola de arte Rietveld Academy. Aos 19 anos ele pega um carona para Marrocos, onde entrou como marinheiro num iate para a América. Em Los Angeles, Ader ingressou na Otis Art Istitute, onde conheceu Mary Sue Andersen, sua futura esposa. Depois, passou a ensinar arte e estudar filosofia na Claremont Graduate School. Em 1970, Ader passa pelo período mais produtivo de sua carreira, começando com os primeiros filmes da série Fall. Em 1975, Bas Jan Ader embarcou no que ele chamou de “uma viagem muito longa num veleiro.” A viagem era pra ser parte de um tríptico chamado “A procura de um milagre”, uma ousada tentativa de cruzar o Atlântico em um pequeno veleiro. Seis meses depois de sua partida, o veleiro foi encontrado semi-submerso na costa da Irlanda, mas Bas Jan havia desaparecido.

 

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